quinta-feira, 26 de setembro de 2013

o olho (ingênuo) do observador

O olho do Observador, o olho gordo, cheio de veias pulsando, flutuando.
-Diga, mortal: possuis alguma virtude para ser digno de tal tesouro?
Pensou um pouco. Aqueles baús enormes à sua frente, moedas, armas e coroas reluzentes. Meio desleixado, meio jovem; os cabelos ralos na tenra idade; as costeletas grisalhas e a barba profusa davam um ar de sabedoria ao mancebo. Uma masmorra grotesca, úmida e pavorosa. Fora desbravada em três dias de lutas com criaturas dantescas e mortais. Pilhagens pífias.
Agora, o Observador desempenhava o seu melhor diante do jovem… E aguardava, impaciente, por uma resposta do aventureiro; a morte, claro, se aproximava com a aparição súbita do monstro lendário. O jovem sabia disso...
Quatro segundos. Seis. Doze. Diversos tentáculos, com olhos revoltosos nas extremidades, tremulavam de inquietação e piscavam freneticamente. Ao centro, a enorme córnea flutuante era incomodada por espasmos de ódio convulsivo.
Vinte olhos na cabeça.
Pulsando. Olhos. Inquietos com a demora da resposta. Um grito:
- Tenho tesão pela vida! O Observador se surpreendeu pelo grito inesperado do mortal, que continuou: - Gosto de sexo. Gosto de foder muitas mulheres, beber o melhor vinho, gostaria de ter muitos criados,  ter mais do que posso...
O jovem tremia. A confissão era patética, porém carregada de uma força estranha.
O Olho começava a carregar uma expressão inenarrável de desprezo.
Silêncio.
Por fim, devido à pressão, e à confissão mal acabada, terminou a sentença em um grito sufocado, nascido do horror de encarar o olho monstruoso – como se a morte fosse iminente e não houvesse outra saída; diria suas últimas palavras naquele lugar esquecido pela criação -, encheu os pulmões com convicção, força, e um ar de ousadia:
– Quero mais... cada vez mais!!
As últimas palavras do jovem ecoavam na solitude daqueles aposentos exalando a ossos e angústia.
O olho do Observador ficou ali. Ponderando. Amaldiçoando. O corpo enorme, uma massa confusa nascida dos pesadelos da magia arcana, flutuava lentamente agora.
Silêncio.
O Observador examinava o mortal; em um estilo bem peculiar e de um jeito sobrenatural; o que conferia uma excentricidade enigmática à criatura. Flutuou, de maneira trôpega, de modo que suas enormes veias vermelhas pulsaram por entre a massiva, e vítrea, córnea no movimento súbito. Flutuou de um lado a outro. Fitava o vazio.
Aquela resposta o incomodava. Era isso.
Por fim, como se tivesse braços imaginários, deu de ombros à sua maneira:
- Não sei o que dizer...
O jovem tremia de pavor.
O enorme olho piscou lentamente, fitando um ponto imaginário à esquerda, como se estivesse decepcionado. De forma tímida, proferiu num tom decepcionado e melancólico:
- ... a resposta foi incorreta...
O Observador não fitava o jovem diretamente. Aquele ar “inquisidor” do ser imemorial, e que colocou pavor e desespero a tantos aventureiros destemidos, estava obliterado por algo momentâneo.  Admitia – secretamente – àquele momento, uma emoção estranha às suas vivências e objetivos profanos de guardião. Aquele sentimento não era compatível à sua missão.
O jovem ficou apreensivo com a criatura nesse estado, pensou em desembainhar a pesada espada de duas mãos, mas o Olho seria mais rápido... “Devia ter levado uma adaga pontuda … Agora é tarde… Morrerei”
– ...está incorreta. sim, é isso...
O Olho suspirou diante da resposta que soava como confissão. O monstro vivenciava algo incongruente à sua natureza. As conjurações realizadas pelo seu mestre jamais poderiam prever tais atitudes e reflexões. O Observador perdia-se em questionamentos.
(...tarde, tarde demais....)
Continuava o Olho aterrador:
– mas.. devo admitir que... sua resposta foi incomum, aventureiro...
Silêncio. Constrangimento:
-... apreciei tua resposta, mortal.
O jovem ficou confuso.
-É...
O Olho, enorme, parecia até expressivo no "abre-fecha" de pálpebras:
-Permita-me indagar algo, jovem mortal... Peço a ti uma resposta, somente isso.
O jovem disse confuso e empolgado.
– S- sim!! O que quiser, amigo!
O olho, que não gostou nada da intimidade, disse:
-Não é para tanto... Não é para tanto...
Silêncio.
Tensão.
-Diga-me: se o que te moves é o sexo e a luxúria, um certo conforto, digamos... por favor, sacie a minha curiosidade: por que  buscas o tesouro nessa masmorra perigosa e abandonada pelo teu mundo? Por que buscas, no lugar mais inóspito da terra, o tesouro do meu mestre; se poderia gozar, lá fora, facilmente, da companhia de uma rapariga libidinosa e pilhagens que lhe garantiriam o conforto? Arriscas a tua vida aqui… Qual a determinação? O que te motiva? A morte? O desejo do perigo? Eu não compreendo suas motivações... Eu já vi o seu mundo, não é preciso muito para se contentar nele, isso é evidente; os homens parecem viver confortavelmente se possuem uma choupana aos pedaços com água à beira do rio, uma colheita com nabos malcheirosos e mulheres e filhos pendurados aos ombros e pés; como uma doença contagiosa proliferando, e sentenciando, implacavelmente, a tua gênese mortal... Mortais patéticos, submetem-se a todo tipo de sensação e, no âmago, são inferiores, sem complexidade alguma... Meu mestre, meu mestre...
O jovem o olhava atento e incerto. O Olho continuou:
-... meu mestre fez uso das artes arcanas, feitiços, runas e sacrifícios para o meu nascimento; a fim de proteger esse lugar... ele escondeu esse tesouro... talvez ele só quisesse me colocar aqui para criar mais terror e morte... por acaso ele pensou que precisaria de "mais" coroas? Mais joias? Ele precisava de mais mulheres? Por que me abandonaste aqui com esse propósito? Por poder? Pois já tinha o bastante, esse tesouro, conhecimento... Quanto é o bastante para o mortal?
O olho baixou a guarda. O silêncio invadia a sua mente de quimera, convulsa em questionamentos.
-.. diga-me.... por quê?? A última perguntou soou como uma súplica.
O jovem pensou. Olhava o desabafo do Observador desarmado...
Respirou fundo. O nervosismo. Por fim respondeu, desinibido:
- “Olho”, para gozar de tantas donzelas nesse mundo e ter o que almejo, há um elemento indispensável: é preciso moedas e posses; trocamos tudo isso por outras coisas, trabalhamos, é a nova forma de viver que inventaram... é o que fazemos lá fora, é um símbolo. Se trabalho, ganho uns poucos quinhões que troco por uma felicidade momentânea.. Se vou aos prostíbulos, gasto muitas moedas das pilhagens que faço. Se eu me tornar um nobre, um rei … O jovem olhava para o teto da masmorra, delirando: - ...serei um homem de posses! De castelos! Não precisarei trabalhar mais nos campos! Terei criados, colheitas! Tudo isso pela força de trabalho desses que se contentam com essa miséria que tu, Olho, ilustrou tão bem… eles multiplicarão a minha riqueza com as suas choupanas toscas à beira do rio!  Eu não sou herdeiro dos nobres! Eu sou mais um filho da miséria. Esses meus criados serão gratos pela miséria que possuem, e poderão trocar míseras moedas de cobre por leite e palha! Dessa forma, posso ter a mulher e o castelo que quiser, tudo, ao menor piscar de olhos! Posso ter o melhor guerreiro ao meu lado, de espada e elmo em prontidão para me defender. A melhor cama, comida! As moedas, as joias … tudo isso… é proporcionado aos homens, amigo. Poder, luxúria e uma sede de insaciabilidade. Cada vez mais, amigo. É para isso que os tesouros servem agora! Precisamos de mais, sempre mais... há homens lá fora, semelhantes demais, com pensamentos diversos, dispostos a tudo para isso; teu mestre, certamente...
O olho buscava o fim daquela sentença quase como uma súplica, uma misericórdia. O jovem continuou:
-... seu mestre, perdoe-me, Grande Olho... seu mestre, certamente, possui mais do que precisa, ele se diverte com a morte... talvez ele não precise de “tanto”, claro… mas há homens lá fora que precisam, que matariam teu mestre sem titubear para ter esse monte de ouro. Homens que fariam coisas piores do que a própria morte. Eu faria isso. Juro! Eu aceito a morte pelos meus propósitos porque a compensarei dez vezes mais caso viva. Quero essa posse (olhou à volta), quero tudo... Por isso foste invocado, amigo... para proteger estas posses, as coisas do seu mestre, esse tesouro inominável. Talvez ele, seu mestre, esteja morto agora … somente para isso… e das trevas observa o seu tesouro que produz tantas mortes... quiça, só por orgulho... nunca temos o bastante, Olho. Tudo mudou lá fora...
O Olho flutuou, meneando o estranho corpo numa expressão corporal inenarrável; apenas um enorme globo envolto por tez quase animalesca.
Uma casca enorme envolta em convulsa e incômoda resposta.
Fechou os olhos. Todos. Vinte.
Três segundos. Permaneceu flutuando. Inexpressivo. Por fim rompeu o silêncio da própria existência, semicerrava as enormes órbitas.
-Tudo bem... Não me chame mais de "amigo", entendido?!
Os tentáculos brilhavam sutilmente com eletricidade.
-S-sim..
Disse calmamente, em uma cortante sinceridade e determinação de morte.
-Se o disser de novo, ou me chamar de "Olho", sua pústula modorrenta, mato você lentamente, corto todos os seus membros. E depois o forço a assistir os trolls, e outras aberrações do mundo das trevas dessa masmorra, se alimentando da sua carne podre. Diga, "amigo" mais uma vez! Faça isso novamente, jovem! Faça... O Observador flutuou rapidamente para cima do aventureiro. Sua saliva ácida caía por entre os lábios tumorosos. Gritou novamente, expelindo ácido por todos os cantos. A fúria encarnada: - FAÇA! Eu o desafio, seu desgraçado insolente!!!
O jovem caiu no chão. O hálito do Observador causou um asco terrível no pobre jovem. Mijava-se por entre a cota de malha, pateticamente. Com muito custo, segurou um princípio de vômito com as mãos trêmulas.
O Observador gritou. Seus dentes e tentáculos brilhavam:
– Compreendes?!
– Sim – s- sim!!! Não, não digo mais. JAMAIS!
O enorme olho piscou de ódio, os tentáculos baixaram e murcharam tremulando por um momento. Um misto de ódio e incompreensão.
-Vai! Passa logo daqui, desgraçado! Levanta-te e carregue o que puder desses baús, leve esse seu cheiro de mijo, merda e carne para longe daqui! Você tem pouco tempo antes que eu mude de ideia.
O homem chorava de pavor. Começou a encher os bolsos e sacos com moedas de ouro; principiou a arrastar uma enorme arca com uma das mãos; e com a outra, movia um enorme trono encrustado com joias e brilhantes. Desajeitado, e com a adrenalina e o pavor pulsantes do momento, conseguia levar uma enorme quantidade de tesouro em direção à saída da masmorra. Produzia uma hercúlea força nascida do desespero.
O Observador o assediava, provocava. Enquanto o homem chorava e gritava de força inumana, arrastando os pertences adquiridos; próxima, a criatura flutuava a seu lado, exibindo os enormes dentes que salivavam ácido; os tentáculos, com diversos olhos nas extremidades, tocavam suavemente os cabelos do homem enquanto este se afastava cada vez mais rápido com o hálito de morte do monstro:
– Já me encheste com  a sua pilhéria do mundo dos homens! Com a sua sabedoria de merda! Fique rico, poderoso, foda todas as mulheres, crianças e homens que quiseres... mas lembre-se, invólucro de merda: o "Olho", seu maldito saco de carne e ossos, fará uma visita quando tiveres êxito... o "Olho" espera ser muito bem recebido pelo mortal travestido de nobreza. O Olho, mortal patético, fará uma visita: não como "amigo", mas como inquisidor, entende? A cada "amigo" e "olho" que proferia, a criatura espumava de ódio e sarcasmo. O mortal, cansado e prostrado de medo, respondeu:
-S-S-S-Siiiim!!
Continuou. Implacável.
-O “Olho” tem a curiosidade "mórbida" de saber se o tesouro está sendo usado para fins de corrupção e depravação, como bem defendeste aqui nesse antro de morte e aberração mundanas. Entendido?!
O jovem chorava de alegria. Meneou com a cabeça.
-Vá! Corra com o seu tesouro e saia daqui o mais rápido que puder, seu invólucro de carne repugnante!
O jovem se foi. O Olho o observou. Arrastava o tesouro e resfolegava pateticamente. Jogava o corpo por cima das arcas, e exibia uma força inesperada. A luz da tocha, amarrada ao seu corpo, afastava-se lentamente entre os aposentos e morcegos da masmorra. Por fim, desapareceu da frente do Observador...
Restava o olho do Observador. Perdido. Brilhando na masmorra escura.
Olhos. Olhos nas trevas eternas de sua função... Desempenhara, até então, o seu melhor na penumbra. Basicamente, era o que fazia melhor durante eras, e com muita competência: observava, refletia, e ponderava. Feito isso, interrompia todo e qualquer pulso vital. Sua missão.
...
Um silêncio perturbador o tomou pela primeira vez naquela masmorra. O silêncio, esse tão apreciado e velho companheiro, agora o assaltava com aguda insistência... A consciência o perturbava.
Ali, pela primeira vez, na masmorra úmida e amaldiçoada, pensou que, talvez, poderia melhorar o seu senso crítico de monstro, e inferir outros significados ao propósito das posses que era guardião. Diálogos do poder.
Solidão.
Trevas nas masmorras.
Algumas centelhas, tímidas, de filosofia e metafísica invadiam aquele calabouço repleto de joias, ouro abundante e espadas mágicas imemoriais. Os morcegos e criaturas não o incomodavam há tempos. Afinal, era uma aberração que reinava absoluta naquele lugar. Um adversário invencível. O Observador ponderava, questionava. Pensava em sua missão durante aqueles anos incontáveis. Olhou, e à sua volta só havia tesouros e posses.
Ficou pensativo na resposta do homem; aquilo provocara alguma coisa naquele velho ser imemorial das trevas.
O Olho observou pela primeira vez a sua condição social nessa Idade das Trevas.
Saiu dali, determinado. Cruzou o caminho por entre diversos corpos de homens e monstros em direção à entrada da masmorra. Ossos, só isso. O que significavam? Aliás, o que significava a sua existência? "Questões", pensava enojado enquanto a luz tomava o horizonte. A entrada. Uma visão inédita. A porta pesada de mármore, entreaberta, contendo escritas rúnicas, convidando os aventureiros à morte desesperadora e solitária.
O enorme olho central semicerrava a visão; assim como os demais vinte, menores... Os tentáculos se retraíam. A luz do sol, cortante, obliterava a imponência dos múltiplos olhos, habituados às trevas e solidão. O mundo exterior, odiado por ele com todas as forças demoníacas, estava mudado. Castelos, colheitas e vilas eram avistados ao horizonte. Pastos verdejantes. Gados.
O jovem o vencera ali. Embora não soubesse ao certo como isso tinha acontecido, a certeza da derrota era uma emoção nova e inquietante.
Porém, ele, o Observador, alcançaria mais. Muito mais.
"Mais". Era grato pelo maldito saco de carne de qualquer forma... A gratidão era acompanhada de um desdém igualmente profundo pelo ser humano. Sorriu.
Uma lágrima nascia. Descia por entre a enorme córnea. Agora, àquele momento, sonhava com destruição, mutilações e reinos monstruosos; em triturar ossos e buscar “mais”.
"Cada vez mais".
As palavras retumbavam. Sentia a carne em seu corpo. Todas as células e átomos. Um certo tipo de orgulho odioso. Da magia à carne. Finalmente... "Um destino irônico".
Suspirou. A lágrima, que escorria lentamente durante tal epifania, salgada e ácida, cortou a tez escamosa e repugnante em seu trajeto; deixando uma cicatriz enorme que percorria da enorme órbita vítrea central até o lábio superior retorcido. O olho esticou a língua por entre os lábios queimados. O sabor amargo da lágrima o deliciava. Queimava. Sentiu o gosto de algo, finalmente.
Era sublime. Tudo.
Entre tantas aberrações fora da masmorra, talvez, com aquele tesouro, poderia ser mais uma entre tantas quimeras.

– Malditos sacos de carnes…

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

last train to coney

Isso é absurdo. E é uma pena. É um infortúnio, meu irmão…

E pensar que a vida toda estivemos aqui, diversas vezes, tilintando nossas cabeças nos trens da central, pensando numa morte mais rápida entre o trajeto arrastado ou numa forma criativa de inteirar a passagem para a volta... Buscando na memória (enquanto a cabeça vai batendo no vidro ou enquanto seguramos nas barras) a fagulha de um sorriso perdido na boca de uma garota linda enquanto mordiscávamos um cachorro quente na fila da roda gigante ou uma briga gloriosa consentida pela inconsequência – sempre! – sob a ultraviolência necessária daquelas noites...

Ah, o conforto do devaneio... de não dever nada a essa pintura em uma moldura torta em uma parede chamada ______; ah, a bem-vinda alienação de sentar em uma mesa sem telefones espertos; somente a cerveja despejada nos copos de requeijão, e um bocado de inconsequência para distrair os nossos ouvidos e algumas risadas que serão sufocadas entre alguns suspiros matutinos. Ergamos nossos pulsos enfurecidos! E enquanto isso, o mundo gira e voltamos para a casa mais vivos; cuspindo sangue, com navalhas nos bolsos furados e dentes no travesseiro, dormindo (perdidos) entre a ponte dos nossos sonhos.

É bom se sentir vivo (e fudido ao mesmo tempo), com a indignação brotando em nossa alma como metástases benignas; contaminando o nosso corpo por inteiro e recrudescendo à nossa origem contestadora; aos nossos corações que insistem em gritar, bradar ao mundo aquela corrente de vômito engasgada que despejaremos numa boca de lobo dia desses! Cada vez mais vivos, sempre.

Foi naquela vez que nós, os esquecidos, atravessamos a cidade com os olhos da criança aprisionada e que gritava desesperada de dentro da nossa caveira dolorida e assalariada; os rebentos da noite morrendo entre as desilusões das nossas mães tristes que imploravam para não verem nossos nomes no obituário ou no caderno policial; o último ato da vida em uma performance mortal. Lutávamos para manter o ar dentro do peito acumulado; brigando e batendo um nos outros para aprender – de forma dura – que a vida é uma travessia dura entre as quebradas mais improváveis.

Bem-vindos, Guerreiros!
O último trem para Coney Island está passando.