Ouvindo no repeat infinito "Blue Light".Sentado numa mesa de padaria chic.Cerveja.
Não;acho que agora é hora de ouvir o som das pessoas conversando ,dos carros lá na rua ,dos copos sendo lavados nas louças daqui e da minha própria resistência nesse lugar.
Existem fragmentos ,fiapos de conversa que ilustram a vida dos outros e mesmo sendo eu um flâneur tosco ,acho a vida de todos nesse lugar mais chata do que a minha.
Mesmo que eles tenham mais dinheiro.
Mesmo que eles trepem mais do que eu .
Mesmo que eles passem o final do ano de branco em Ipanema.
Eu sou a prova de que existem pessoas .
Pessoas.
Eu escrevendo sobre essas pessoas á minha volta tomando cerveja e esperando.A minha vida toda eu esperei por algo .De alguma forma.Do jeito que espero o garçom olhar para mim para ainda pedir outra cerveja.
Eu não vejo valor nisso .Vejo as forças dos meus atos que jamais se realizaram ou que se realizarão um dia e baixo a cabeça; e encontro a folha de papel com a minha letra horrível :páginas molhadas de quando choveu e minha mochila velha não aguentou;lá estão elas ,vejo essas palavras enrugadas no papel e sei o que elas significam para mim.
Eu sou um cara em pleno domingo ,que acabou de prestar o Vestibular, escrevendo sobre o que estou vendo á minha volta e o que sinto a respeito disso , e eles,eles são as pessoas que vieram para a padaria comer um frango com maionese e batatas a 50 reais depois de assistirem o Faustão e esperam pela trepada maldada de fim de noite.
Eu sou o cara estranho-sentado-no-fundo-bebendo-cerveja e que escreve num caderno.
E eu ,eu escrevo sobre vocês.
E não quero agradecimentos.
kkk...
ResponderExcluiralguem do nucleo?..kkk
foi alguem do nucleo plagio...
eu pedi pra ela pagar uma breja como taxa dos direitos autorais...kkk..ai ela falou que era subversiva..kkk...e que nao bebia..kkk
kkk...