Aqueles que aguardam as cartas nas trincheiras têm somente um desejo: apertar o gatilho antes do inimigo. Aqueles que esperam impacientemente as letras trepidantes de um amor perdido no outro continente querem somente a consolação dos que tem a caneta nas mãos; os fuzis permanecem intocáveis, polidos e aguardando o berro cego entre uma manhã cinzenta em Lille. Aqueles que querem tirar as nossas vidas têm filhos esperneando por pedaços de pães, mulheres quase solteiras e ferocidade em ruas desertas nos guetos; despejam no ar o protesto insano em palavras incompreendidas na primeira infância. Aqueles homens jamais serão os mesmos, aquelas mulheres erguerão uma nação, aqueles moleques famintos ouvirão um barulho tão alto que a proliferação daqueles desejos ecoará por décadas; entre nós, filhos da bomba: os que esperam alguma coisa no meio da cacofonia de restaurantes por kilo, filas na loteria e diversões caras. Aqueles que esperam não mais a paz, e sim a bomba.
Olá! Adorei seu blog! Achei a sua postagem no mínimo intrigante! Eu vim para te convidar para participar do concurso para divulgar novos blogs que eu criei no meu blog. Gostaria de saber se vc aceita entra na categoria de Melhor postagem original com esta postagem! Aguardo pela sua resposta! http://eumeamomrrisadinha.blogspot.com/ meu blog
ResponderExcluirDe qual país vc posta?
Obgado!
Já te respondi por e-mail, ok?!
ResponderExcluirUm abraço e obrigado!
apesar do seu texto ser muito bom, não queria realmente comentá-lo, gostaria mais de ter uma "prosa" contigo... não posso me identificar por questões que não considero interessante discutir agora, mas, de aceitar uma prosa, a distancia que seja, afinal não é fácil te encontrar, provavelmente estando você no Brasil, e eu literalmente viajando pelo universo, poderemos conversar pelos seus posts. não tenho email, nem pretendo, já estou sendo seguido a algum tempo, e sinceramente não quero que a policia federal, ou a interpol se metam na minha vida, só gostaria de ter um amigo. se não aceitar, ok. e eu também odeio twiter, é a nossa preparação para quando formos gado - sim senhor, não senhor... - e, meu, não usa jeans, é deixar que eles estabeleçam o controle até das nossas roupas... falou, até. deixa eu ir se não eu não chego nunca em nagasaki... até.
ResponderExcluirEi, meu caro viajante!
ResponderExcluirPodemos conversar sim, podemos ser amigos (na verdade já somos há algum tempo, não?!); mas como eu não viajo, fico vegetando em algum lugar autorizado pela sociedade e Estado: daí fica mais difícil de me encontrar porque eu fico longe "disso tudo",sabe?! Dou um truque e só me acham por "aqui": é a melhor forma de se esconder, sabe; atrás das palavras! Quando a coisa ficar feia, mano; se esconda atrás de um caderno ou uma pixação no banheiro!
Cara, estou relendo "Frankenstein" de Mary Shelley e, estranhamente, essa tua mensagem me lembrou do livro; o narrador viaja pelo mundo em busca de um amigo e conhecimento, e dessa piração, topa com o Victor Frankenstein que narra toda a história do monstro criado por um homem. Ele queria um amigo. E eu pensei "Somos todos monstros", já que queremos criar e moldar as pessoas de acordo com o que esperamos: se quer ser meu amigo, talvez eu adquira alguma proporção monstruosa;pois sou o que esperam de mim. De alguma forma, os monstros são amigos, caro viajante!
Ei, Nagasaki tem cerveja boa? Já tomei umas japonesas boas, tome uma por mim e seja fora-da-lei sempre.
Abraço, viajante!
1) Cara valeu por ter respondido, já faz algum tempo que eu não falo com alguém que fale português... pelo menos com alguém que não queira me processar ou matar... são 10 da manhã e eu tenho que sair pra dar um palestra sobre historia do Brasil, esses caras são doentes, palestra universitária num domingo?! como eu não consegui adiar e como eu já estou aqui, vou lá. eu preciso mesmo me esconder atrás dos livros; há um ano eu tava em Brasília roubando informações na Abin, e agora eu estou as espalhando pelo mundo... o grande problema são os interesses por trás delas(informações)... (por exemplo)como pode o greenpeace ser tão descarado? você sabia que eles entram nas reservas indígenas e instruem os índios a cortarem arvores e depois filmam elas caídas e depois passam esses vídeos na Europa mostrando que o "pulmão do planeta" precisa ser salvo... deixa pra lá... bom, como eu não posso andar por ai livremente (acho que a policia japonesa ta me vigiando também...) vou pedir ao meu anfitrião que me compre algumas brejas, tomarei sim uma por você e as outras para todos os outros que estão perdidos no mundo!!! até agora eu tomei uma que tava na geladeira, muito boa, me fez lembrar o mussum - suco de maltis! - pura, bem encorpada e baixo teor de adjunto, meu, uma delícia... caro Arthur, outra coisa que eu gostaria de compartilhar com alguém, e como não ficaria legal falar com meu amigo que me hospedou, eu divido com você. meu, desde que eu cheguei aqui, eu já fiz sexo mais de oito vezes, não sei o que acontece com as garotas japonesas, mas elas parecem muito gostar ou do meu fenótipo(caucasiano, olhos claros, porte médio, 80 kilos...) ou dessa história de fugitivo internacional; eu to hospedado num conjunto de apartamentos de universitários, e eu acho que fiz sexo com todas as garotas do meu corredor, olha, não que isso seja ruim, ou que eu não goste, mas, eu gostaria de perguntar a você se não acha isso estranho? (crise moral...), eu até agora não disse nenhum não, mas, me sinto muito cansado, logo me esgotarei... é estranho dizer isso, pois uma vez quando estava no bairro da liberdade (bairro leste-asiatico de são paulo) eu vi tantas gostosas descendentes de orientais, que eu prometi a mim mesmo, sempre que possível, fazer sexo com elas, sabe, uma forma de fazer viva a boa sensação que foi estar entre aquelas delicias do bairro de são paulo... olha, confesso que me deu vontade ler Mary Shelley depois que você me fez relembrar as lembranças ternas que eu tenho do livro, comecei a ler pela primeira vez com nove anos, ficava imaginando o sofrimento do Victor, e depois me deparei com o sofrimento da própria "criatura", de certa forma eu me sinto como ela, criatura, vivo fugindo, todos me odeiam, do greenpeace, a igreja renascer, passando pela família real brasileira todos me querem morto, fico vagando por ai, em busca da casa de amigos para me esconder por um tempo, adoraria ser de fato um viajante e não um fugitivo, estou a alguns dias em nagasaki e não pude em nenhum instante sair pela cidade, respirar o tom melancólico de uma cidade renascida no pós-guerra, isso é horrível... mas, antes, eu preciso terminar de novo a metamorfose do Kafka, eu comecei e parei, semana passada eu tive uma crise de pânico no meio da rua em Tókio, e acabei perdendo o livro e algumas fitas de Nintendo 64 que eu tinha acabado de comprar, tava tudo dentro de uma pasta, no meio da crise eu atravessei a rua (muita gente, muita gente...) e quando dei por mim ela não estava na minha mão... desde aquele dia eu comecei a ler outro livro, um que fala sobre a formação cultural da china... puta viagem!!! você sabia que durante a revolução cultural promovida pelo Mao tse-tung(zedong, pronuncia correta, como me informou a terceira garota que esteve aqui ontem e que estuda historia asiática) não se podia cochichar? vindo dai o habito quase universal dos chineses de falar alto... tudo dentro da idéia, de que tudo que fosse considerado ocidental era proibido, puta vigem mesmo!!!
ResponderExcluir2) Cara, eu preciso de uma ajuda sua, se você puder é claro... se você puder, vá ao controle de configurações do seu blog, e vê a origem dos acessos ao seu blog, vê se aparece trafego a partir do Japão, é que eu configurei meu laptop pra acessar a internet a partir do Brasil (forma de despistar a interpol e de conseguir acesso rápido a alguns sites que me mantem informado[mesmo sendo informações advindas de grupos midiaticos brasileiros{muito além do cidadão kane,manja?!}], e se estiver aparecendo trafego a partir do Japão é sinal de que eu não fiz isso direito e ainda posso estar sendo seguido, espero que entenda. eu tenho um outro amigo que verifica isso pra mim, mas ele está sendo vigiado, ele me informou por telegrama que estão vigiando e seguindo ele também, então estamos incomunicáveis. novamente espero que entenda, não é fácil ser outsider, pro - anarquista, anti-monarquista e contra o governo da nova ordem mundial... no meio do ano passado eu conheci um cara da Mooca, pelo menos ele se dizia da Mooca, que me disse que teve aula na universidade de são paulo com o professor Milton santos (conhece?), e o professor Milton certa vez disse a sala que o fim estava próximo, perguntaram a ele que fim era esse, ele disse que o da antiga ordem mundial, disse que haveria algum grande incidente mundial e que ai um líder carismático surgiria, e ai uma nova ordem se ergueria, e as pessoas aceitariam, considerando algumas informações que eu tive acesso na Abin, isso já começou, me sinto absolutamente preocupado em não poder informar as pessoas quanto a isso; ou seria morto (coisa que tentaram fazer, e por isso tive que ir pra Malásia, Cingapura, china e agora Japão) ou seria considerado um louco... bom, isso tudo é uma merda, vou pegar meu controle de play2 e ficar jogando até as 15... sinto muita falta de comida, comida japonesa é boa, mas as vezes parece comida baiana por conta de tanta condimentação, dá uma baita gastrite pra que não se acostuma rápido... lá em Tókio eu fui a um restaurante brasileiro, bom, aparentemente... tudo adaptado, feijão branco com um pozinho que deixava escuro, arroz japonês mal cozido pra ficar inteiro, e bife de soja, ao menos o ovo era de galinha mesmo(eu acho...)... quem dera que fosse ao menos uma daquelas pocilgas do brás, com comida mesmo... outra coisa engraçada é a ausência de pastel, se ai eu só via pasteleiro japonês, aqui isso não existe, me lembrei de uma amiga que foi ao Líbano e perguntou por esfiha, kibe, essas coisas, ela me disse que mandaram ela olhar na cochia atrás do restaurante e procurasse pelo que o cavalo comia... deixa pra lá... caro Arthur, por enquanto eu acho que é isso, falei demais, me desculpa, eu tava precisando, ficar incomunicável em português me mata... espero poder contar com a sua ajuda e com a sua compreensão.ah. e se você puder ir a feira amanhã, coma um pastel por mim!!!
ResponderExcluiraté breve, agora vou matar uns zumbis até a hora da palestra... arigatô e matta ne!
historinha interessante...
ResponderExcluir3)cara, eu tenho a obrigação moral de parar tudo que eu estava fazendo, só para agradecer pelos seus podcast do 404, meu, eu voltei da palestra as 7 da noite(daqui nagasaki...), e dei uma fuçada rapida no seu outro blog, bom, baixei todos e tão tocando até agora; acontece que as vizinhas vieram ouvir, meu, não sei o que acontece, mas, seus podcasts causaram um desejo incontrolavél de, sexo, por parte das japonesas... resumindo, estou no meio de uma orgia, ouvindo Imelda May... meu, valeu mesmo!!! deixa eu voltar, a Misuke está me lambendo, valeu... até. matta ne!
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