quinta-feira, 13 de agosto de 2009

incendiário

Hora de queimar alguma coisa. Jogar algo nas chamas e admirar o espetáculo hipnotizante da destituição de tecidos, células ou partículas. Que aquele fogo tremulando nas entranhas de uma fogueira na rua numa quebrada qualquer traga redenção aos que buscam o fogo. Esse fogo que dança como dançarina havaiana em cartoon old school, esse fogo associado ao pecado que a humanidade alcança e condena a mão de ferro e trovoadas no céu; aquele fogo que consumiu a Babel junto com o enxofre pingando dos céus. Aquele líquido que queima os habitantes que invadem a fortaleza naquele filme branco e preto. Queimar fotos, cartas e lembranças; quiçá teu cérebro pingando neurônios como o pinto pingando porra. Essa sensação antiga que fez o homem enlouquecer perante às chamas, e induziu o mais nobre mortal a atos parricidas e sangue no chão do Palácio de Calígula.
Eu incendeio coisas ouvindo New Order.

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