Existem aquelas cores que eu não sei, elas estão em lugar para se descobrir.
Eu acredito que perdi algumas ao longo do caminho.
Vai e descobre!Como naquela noite em que tomou vodka sem pensar e a clarividência nasceu da morte de uma coisa importante, uma perda.
Ganhei algo naquela noite, que corre no meu sangue vermelho.
O Daltonismo raro que descobri na idade tardia proporcionou-me a visão que ganhei há pouco tempo, e essa vista me mostrou cores que ainda não dei nome. Enquanto escrevo, minha calça marrom (que dizem que é verde) serve de apoio ao caderno nas escadas do Teatro Municipal.
As folhas são brancas.
O mundo é cinza.
Meu cabelo preto-ficando-grisalho-balança com o vento sem cor.
A vida tem tantas cores, querida...
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