segunda-feira, 14 de setembro de 2009

dalton blues

Existem aquelas cores que eu não sei, elas estão em lugar para se descobrir.

Eu acredito que perdi algumas ao longo do caminho.

Vai e descobre!Como naquela noite em que tomou vodka sem pensar e a clarividência nasceu da morte de uma coisa importante, uma perda.

Ganhei algo naquela noite, que corre no meu sangue vermelho.

O Daltonismo raro que descobri na idade tardia proporcionou-me a visão que ganhei há pouco tempo, e essa vista me mostrou cores que ainda não dei nome. Enquanto escrevo, minha calça marrom (que dizem que é verde) serve de apoio ao caderno nas escadas do Teatro Municipal.

As folhas são brancas.

O mundo é cinza.

Meu cabelo preto-ficando-grisalho-balança com o vento sem cor.

A vida tem tantas cores, querida...

Nenhum comentário:

Postar um comentário