quarta-feira, 7 de abril de 2010

um bilhete escrito num guardanapo de boteco, fim de semana, fim de noite

Tudo tá esquisito, linda.
É, a vida anda foda por aqui: pouca gente, inspiração ou vinho.
Falei de vinho e lembrei de você naquela tarde de chuva que a gente fugiu para baixo de uma árvore. Ficamos olhando a chuva quietinhos.
Depois aquele vinho vagabundo, supermercados e o teto do seu quarto com uma rachadura em formato de ovelha...
“Homem bobo” cê deve estar pensando. Pensamento normal, espontâneo.Típico.
Abençoado.
Bateu aquela coisa vazia que chamam de “saudades” (porque no plural?).
É. Bateu. E eu tô meio tonto.
Vou embora: não te escrevo mais.
Nunca mais.
Tá chovendo e eu nem tenho onde me cobrir.

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