quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
as bombas atômicas da minha infância
domingo, 21 de dezembro de 2008
filosofia de quadrinhos
domingo, 23 de novembro de 2008
meu pai era um ladrão de trem
domingo, 9 de novembro de 2008
o som dos passos
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
o envelope pardo
domingo, 26 de outubro de 2008
jukebox
terça-feira, 7 de outubro de 2008
late night, maudlin street
Winter for sure, For sure
Oh, winter for sure
Winter - the snow, winter moves on
The last night on Maudlin Street
Goodbye house - goodbye stairs
I was born here, I was raised here and
I took some stick here
Love at first sight may sound trite
But it's true, you know
I could list the details
Of everything you ever wore
Or said, or how you stood that day
As we spend the last night on Maudlin Street
"Goodbye house, forever!"
I never stole a happy hour around here
Where the world's ugliest boy
He became what you see
Here I am - the ugliest man
Oh the last night on Maudlin Street
Truly I do love you
Oh, truly I do love you
When I sleep with that picture of
You framed beside my bed
Oh, it's childish and it's silly
But I think it's you in my room
By the bed (...yes, I told you it was silly...)
And I know I took strange pills
But I never meant to hurt you
Oh, truly I love you
Came home late one night
Everyone had gone to bed
But you know, no one stays up for you
I had sixteen stitches all around my head
The last bus I missed to Maudlin Street
So, he drove me home in the van
complaining: "Women only like me for my mind.."
Don't leave your torch behind, a power-cut ahead 1972, you know
And so we crept through the park
No, I cannot steal a pair of jeans off a clothesline for you
But you without clothes
Oh I could not keep a straight face
Me - without clothes?
Well, a nation turns its back and gags..
and I'm packed
I am moving house
A half-life disappears today
With every hag waves me on
Secretly wishing me gone
Well, I will be soon
Oh - I will be soon, I will be soon..
There were bad times on Maudlin Street
They took you away in a police car
Dear Inspector - don't you know?
Don't you care? Don't you know about Love?
Your gran died and your mother died
On Maudlin Street
In pain and ashamed
With never time to say
Those special things
I took the keys from Maudlin Street
Well, it's only bricks and mortar!
Oh.. truly I love you
Wherever you are
Wherever you are
Wherever you are
I hope you're singing now
Oh I do, I hope you're singing now
MORRISSEY
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
n . d . a
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
um sorriso gótico volta nas madrugas...
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
kurt,1959
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
going underground
Some people might say my life is in a rut,
But I'm quite happy with what I got
People might say that I should strive for more,
But I'm so happy I can't see the point.
Somethings happening here today
A show of strength with your boy's brigade and,
I'm so happy and you're so kind
You want more money - of course I don't mind
To buy nuclear textbooks for atomic crimes
And the public gets what the public wants
But I want nothing this society's got -
Well the brass bands play and feet start to pound
Going underground, (going underground)
Well let the boys all sing and the boys all shout for tomorrow
Some people might get some pleasure out of hate
Me, I've enough already on my plate
People might need some tension to relax
[Me?] I'm too busy dodging between the flak
What you see is what you get
You've made your bed, you better lie in it
You choose your leaders and place your trust
As their lies put you down and their promises rust
You'll see kidney machines replaced by rockets and guns
And the public wants what the public gets
But I don't get what this society wants
I'm going underground, (going underground)
Well the brass bands play and feet start to pound
Going underground, (going underground)
[So] let the boys all sing and the boys all shout for tomorrow
We talk and we talk until my head explodes
I turn on the news and my body froze
The braying sheep on my TV screen
Make this boy shout, make this boy scream!
Going underground, I'm going underground!
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
o gumitado (lobo III)
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
o alzheimer de todos nós
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
lobo II
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
sou vil, sou reles...
Sou vil, sou reles, como toda a gente
Não tenho ideais, mas não os tem ninguém.
Quem diz que os tem é como eu, mas mente.
Quem diz que busca é porque não os tem.
É com a imaginação que eu amo o bem.
Meu baixo ser porém não mo consente.
Passo, fantasma do meu ser presente,
Ébrio, por intervalos, de um Além.
Como todos não creio no que creio.
Talvez possa morrer por esse ideal.
Mas, enquanto não morro, falo e leio.
Justificar-me? Sou quem todos são…
Modificar-me? Para meu igual?…
— Acaba já com isso, ó coração!
ÁLVARO DE CAMPOS
sexta-feira, 8 de agosto de 2008
domingo, 3 de agosto de 2008
quarta-feira, 23 de julho de 2008
lobo(uma cruzada pela desumanidade)
sexta-feira, 11 de julho de 2008
zica!
segunda-feira, 7 de julho de 2008
eu era um veterano do vietnam
O violão Giannini que ganhei de meu pai era surrado com porradas, dedilhadas frustradas e acordes que não existiam.As garotas não olhavam para mim na Praça do Pôr do Sol e eu passava a treinar o meu olhar para algo que não compreendia:o sol ,que nascia lá longe dourando aqueles braços curtos delas dançando na gravidade impossível.Eles tocavam violões.
Eu, só andava com a minha camisa do Ramones que comprei da Tia Roqueira da banquinha da Teodoro.
Eu ficava que nem o Gato Fritz olhando garotas irem embora ao som de um corvo cantando refrões de paz .Aos 14 era assim ,depois de cinco anos eles cantariam as suas carreiras,metas e sua entrada no mercado de trabalho.
E assim,sem mais nem menos ,chegou a guerra e eu não sabia uma canção.
Eu nem sabia fumar maconha,eu não ouvia Hendrix ,eu nunca vi a liberdade sexual com as mulheres e seus cabelos Black e uma flor no vestido em slow-motion;a chuva caía incessantemente enquanto os homens marchavam montanha abaixo e assobiavam toda a trilha sonora obrigatória de todos os filmes de guerra já feitos.Eu dava tapas na minha cara afastando os mosquitos ,mas havia tantas canções na minha cabeça...
Minha mãe me dizia:
-Isso vai ser bom para você.Vive reclamando da vida !
Acho que ninguém pensava nisso naquela época.
Havia uma aura toda de embelezamento e loucura do que se vivia nos campos de arroz e nossas balas cortando o ar , acertando uma criança nua e nossa inconsequência indomável.
Nossos ideais.
No primeiro dia em que o helicóptero pousou e descemos apressados levando bronca de sargentos e tenentes para entrar no front , a desviar das balas e dos corpos dos nossos amigos que tombavam de um jeito inexplicável ,eu já me sentia cansado de tudo aquilo;tinha certeza que aquilo era antigo.
Eu já era um veterano do Vietnam há muito tempo:de saco cheio ,cansado ,amargo,perturbado e amputado.
E a guerra arrastou as nossas vidas,vontades e sonhos .As canções já não existiam mais ,somente os gritos dentro das têmporas reverberando no inconsciente de uma alma inútil que não será parte do mercado de trabalho ,não será independente ,não será intelectual e nem um pouco sexy;seriam os fantasmas do amanhã que lutaram por algo que não existia e suas vidas e seus ideais seriam a piada de boteco caro em faculdade de gente descolada.
Seríamos o lixo paralítico em passeatas que ninguém aparece ,livros que vão aos sebos por 0,50 cents :a turba de gente feia,de pinto pequeno,broxa e decepcionada com tudo que assistiu de final de novela-das-oito.
Hoje ,existem muitas canções para se cantarolar e não existe mais a chuva torrencial e tropical que nos castigava ao sul enquanto carregávamos os nossos rifles com nomes de garotas:só existe um mundo de cores,uma paz inexplicável/violenta e possibilidades infinitas onde você é capaz de tudo ,jovem.
-Não se esforce,amigo.
Por isso ,dentro da minha mente ,eu sempre verei balas voando nos campos de arroz em Nhan Dao.
sexta-feira, 27 de junho de 2008
os garçons estão sempre distantes.
sábado, 14 de junho de 2008
podcast :é, ainda continuo "nessa"...
quinta-feira, 12 de junho de 2008
feliz dia dos namorados, amor.
segunda-feira, 9 de junho de 2008
dos gardenias
Con ellas quiero decir:
Te quiero, te adoro, mi vida
Ponles toda tu atención
Que seran tu corazón y el mio
Dos gardenias para ti
Que tendrán todo el calor de un beso
De esos besos que te dí
Y que jamás te encontrarán
En el calor de otro querer
A tu lado vivirán y se hablarán
Como cuando estás conmigo
Y hasta creerán que se diran:
Te quiero.
Pero si un atardecer
Las gardenias de mi amor se mueren
Es porque han adivinado
Que tu amor me ha traicionado
Porque existe otro querer.
Porque existe otro querer...
Isolina Carrillo
...ando numas de ficar ouvindo só música cubana essa semana;música linda .
quinta-feira, 5 de junho de 2008
mais um filho solto no mundo...
quarta-feira, 28 de maio de 2008
catorze aves mortas.
segunda-feira, 26 de maio de 2008
do you remember rock 'n' roll radio?
sexta-feira, 23 de maio de 2008
eu e florbela.
quinta-feira, 15 de maio de 2008
um beijo escondido , harmonica ...
sábado, 10 de maio de 2008
poema em linha reta.
Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?
Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.
ÁLVARO DE CAMPOS