terça-feira, 15 de janeiro de 2008

mitologia dos miseráveis

Então:
Suas asas queimaram
O vinho acabou
Nossos traficantes estão mortos.
Então; eu peguei um violão
cantarolei uma canção
e sem saber dar uma nota sequer
dediquei a você palavras serenas e maravilhosas
que flutuam como chamas verdes no jardim.

Assim, dessa forma
lhe enxergo claramente,te escuto
balanço a cabeça e digo "Ã-hãn"
vejo as lágrimas fugindo de seus olhos,tímidas
Sinto o gosto do sal na sua pele.

Na minha canção eu te entendo
Na minha canção andávamos estranhos
Na minha canção penetro em suas narinas
Nessa canção não somos homem e mulher,
Somos personagens em silhuetas escuras num fundo azul-escuro
ao som de um piano acompanhando um filme mudo
Já somos da Mitologia dos Miseráveis:
que não é grega nem européia,
apenas incongruências e imperfeições entre seres que jamais estarão juntos.

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